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Cannabis como remédio

Existem registros desde 2737 AC do uso da Cannabis sativa como planta medicinal. Raphael Mechoulam, em Israel, e Elisaldo Carlini, no Brasil, publicam estudos envolvendo canabinoides desde 1975. Em 1980, publicaram o primeiro estudo clínico que confirmava o poder anticonvulsivante do canabidiol (CDB). Em 1994, com a identificação dos receptores canabinoides CB1 e CB2 de superfície celular e dos endocanabinoides, foi proposto o Sistema Endocanabinoide, que está intimamente relacionado à homeostase dos sistemas nervoso e imune. A partir 2014, a publicidade envolvendo crianças brasileiras, epiléticas refratárias, obtendo expressiva melhora com o uso de óleo de Cannabis sativa rico em CBD contribuiu para uma abertura da sociedade para uma rediscussão do tema medicinal. Outros pacientes, principalmente com dor crônica (principalmente neuropática), Epilepsia, Autismo, Esclerose múltipla, Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, Síndrome de Tourette, ou pacientes com câncer em quimioterapia, passaram a ser beneficiados e ter maior qualidade de vida com uso de produtos derivados de Cannabis sativa.

Aplicações Clínicas

Além do tratamento de epilepsia refratária e espasticidade na esclerose múltipla, a Cannabis sativa medicinal e seus principais canabinoides (tetra-hidrocanabinol e canabidiol, e mais recentemente, canabigerol e canabinol) têm diversas indicações e efeitos positivos conhecidos atualmente: efeito neuroprotetor, antiepilético, em hipóxia-isquemia, antipsicótico, analgésico, anti-inflamatório, anti-histamínico, antiasmático e propriedades antitumorais. Há bastante literatura que ampara o uso em casos refratários aos tratamentos convencionais. 

Defesa do direito dos pacientes em uso da Cannabis sativa medicinal

Hoje mais de 1000 médicos prescrevem extratos de Cannabis sativa medicinal no Brasil e mais de 5000 pacientes já são beneficiados com o uso. A ABRACE já conseguiu autorização judicial para a produção do óleo e atende a mais de mil pacientes. Lembrando que se trata de uso compassivo, sendo autorizado atualmente apenas para doenças que não respondem a tratamentos tradicionais disponíveis no Brasil. O alto número de pacientes em uso reflete a dimensão da luta de diversas famílias em prol de um recurso para alívio de sintomas que não cessavam com qualquer outra medicação disponível.

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